sábado, julho 24, 2004

Um dia sem voz

Hoje acordei sem voz.
Como estou doente, isso estragou todos os meus planos do dia. Tinha programação pra manhã, tarde e noite. Além de querer conversar com pessoas, com quem não falo há tempos, no telefone. No entanto o simples fato das minhas cordas vocais praticamente não vibrarem com a passagem de ar (que inclusive está bastante dificultada) pela minha garganta, impede todas estas atividades. Coitada da Clau, que também quase não gosta de conversar, vai ficar de castigo hoje aqui comigo. Sem conversar! Tentamos leitura labial hoje na hora do almoço. Conversas à mesa, eu querendo falar coisas simples, frases sem muita importância, a Gina e a Clau traduziam meus lábios para meus pais e muitas vezes ajudavam completando as frases mesmo com coisas que eu não tinha dito mas elas eram capazes de fazê-lo. Porque elas tinham maior facilidade nesta tarefa que meus pais eu não faço idéia. Será que os jovens tem maior percepção que os mais velhos? De qualquer modo foi divertido!
Reparem vocês lendo isso agora. Os que me conhecem, provavelmente me imaginam falando essas coisas (eu pelo menos costumo fazer isso), praticamente podem ouvir minha voz em seus cérebros, no entanto, eu aqui me sinto motivada a escrever pelo fato de não conseguir falar. A vida é irônica.
O fato de não poder conversar com as pessoas me trouxe ao computador para ler coisas na internet. Fui ler um blog, que me levou a outro, e a outro, o qual indicava um link um tanto quanto instigador. O link dizia "Não". Pensei eu, "Não, o que?" aí fui lá conferir que página é esta. Ela é um tanto quanto interessante. Aí cliquei em um texto quase aleatoriamente para ler. Em uma certa altura do texto ri muito, pois a autora (Clarah Averbuck) constata algo, diria eu um tanto quanto ousado, que eu havia comentado em certa ocasião, não me lembro a quem, em um dia em que eu não estava de posse de nenhum artifício corretivo da minha imperfeita visão: "Monet era míope!".
De certo vocês agora pensam em ousadia, insanidade ou completa falta de sensibilidade artística. Talvez todas as possibilidades estejam corretas. Não sei! O fato é que este comentário não tem por intenção diminuir a obra deste artista, obra esta que realmente aprecio. É apenas uma observação de um míope que apreciou Monet com uso de lentes corretivas.
Aos sãos da visão, apreciem Monet e tenham uma pequena mostra do mundo de um míope.
Por que eu uso lentes de contato mesmo?

Comments:
Bina, vê se você me compreende quando eu digo. É a terceira vez que eu entro no blog e releio esse seu post e vejo o maldito do site do "Não" e eu não consigo fazer um comentário. Fiquei esperando os outros, mas notei que ninguém comentou aqui. Cheguei a uma conclusão: Bina, você transcende à nossa percepção! Acredito que você está um nível acima de desenvolvimento, tipo uma artista não compreendida na sua época. Seus textos são sempre muito reflexivos, mas neste você se superou e esqueceu a ignorância intelectual dos seus queridinhos amigos. Vou criar um fã-clube pra você e começar a guardar suas obras...daí eu poderei ganhar uma grana fudid* quando vc se tornar uma artista compreendida.
 
Obrigada Marcel.
Mas tipo, incompreendida? Não deu pra entender o texto?
Vai ver eu sou confusa escrevendo tb! hehehehe! :o)
Bjo
 
Não Bina, você não entendeu. Incompreendidos são os sentimentos que você tenta pasar por trás das palavras. Incompreendidos são são as suas emoções que afloram em meio simples palavras.
Enrolado pra escrever é o Diego, dá uma olhada nos posts dele. Hahaha.
 
Deve ser verdade, eu acho que os meus textos confusos, tanto que normalmente os comentários são monossilábicos. EU sou fã dos textos da Sabrina, de uma profundidade simples e incisiva. Eu quero ter a carteirinha número 1 do fã-clube. vamos mudar o nome do blog?
 
Esse blog está indo muito bem com vcs 3... suficiente!!!
 
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