segunda-feira, agosto 15, 2005

As duas dores de um Homem (é grande leiam quando tiverem tempo)

Oi pessoal, e aí, como foram de baladinha? cataram muito? dancaram muito? beberam muito? rolou mantega depois? o Diego foi com a minha camiseta? a Claudine está muito fula da vida comigo? A Flávia notou que meu óculos ficou na bolsa dela? a Sabrina cumpriu sua palavra de cuidar do fígado?

A primeira dor de um Homem:

Perguntas a parte, e antes que vcs perguntem como foi minha noite de Sábado, aqui vai um pequeno trecho da conversa com a dita cuja:

Garota maluca: Mas do que vc. tem medo afinal?
Carlos Eduardo: não é medo, é receio.
Garota maluca: DO QUÊ?
Carlos Eduardo: de acontecer o que aconteceu antes
Garota maluca: o que aconteceu antes?
Carlos Eduardo: ...
Garota maluca: Ah, mas achei que já haviamos conversado sobre isso. e que tudo estava esclarecido.
Carlos Eduardo: exatamente, por isso ainda tenho medo
Garota maluca: achei que vc. havia dito que não tinha medo.
Carlos Eduardo: vc. me entendeu (já ficando levemente alterado)
Garota maluca: É verdade, entendi sim.
Carlos Eduardo: que bom.
Garota maluca: então vc. não quer ficar comigo?
Carlos Eduardo: não vc. não entendeu, acho que as coisas têm que ir com mais calma do que da outra vez.
Garota maluca: vc. tá me enrolando.
Carlos Eduardo: não é... (interrompido)
Garota maluca: desculpe ter feito vc. perder seu final de semana comigo, vou deixar vc. curtir o resto da sua noite em paz (levantando-se de repente)
Carlos Eduardo: Então vc. vai embora e na semana que vem vai me ligar de novo marcando um novo encontro? porque é exatamente isso que aconteceu na semana passada.
De repente ela me mostra o celular dela e indicando que apadou meu número.
Aí enquanto ela ia embora não resisti, estava com muita raiva:
Carlos Eduardo: Então tá, mas olha só, não esquece de me tirar do msn também, senão vai ter um jeito de me encontrar!!!

Final da conversa.
Final da primeira dor de um Homem.

Segunda Dor de um Homem:

Acordo as 6:30 da manhã do domingo, com o bom humor e a disposição que Deus me deu pra acordar cedo, tomo meu café da manhã: dois copos de suco, uma barra de cereal e uma porção de Carb-up guaraná misturado com água. Vou para o centro de São Paulo para minha famigerada corrida de 7.5 Km.
Chegando ao local, depois de procurar muito, encontro minha carrasca (deculpe, tutora) Ana Lúcia. Encontro um rosto surpreso, e a expressão: achei que vc. não viria!!! (é, eu tb. achei que não viria). Pego meu número coloca na minha e coloco na minha camiseta. A partir deste ponto, as coisas mudaram. Eu não era mais o Carlos Eduardo de antes, eu era Carlão, o atleta!!!! Muito mais animado, vendo todos anciosos e se divertindo, foi crescendo dentro de mim um sentimento de poder, de glória!!! Então foi dada a largada. Com direito de chuva de papéis e tudo mais, tinha até um pessoal aplaudindo a galerinha, me senti o Paul Tergat (sei lá se é assim que se escreve). Agora vão os quilômetros:
1º Km: um pouco de subida, tudo tranqüilo, neste ponto já não avistava a Tutora.
2º Km: sossegado.
3º Km: o fôlego começa a faltar um pouco. Eu ter passado pelo viaduto do chá com um grupo de dançarinos portugueses me animou um puco (sabe lá Deus o que eles estavam fazendo lá).
4º Km: meus colegas corredores (leia-se Diego) sabe que este é meu limite físico. Daqui eu nunca passei. Um sentimento de que a prova tinha apenas passado um pouco da metade me desanimou um pouco.
5º Km: inicia-se uma grande e tenebrosa subida. Já no início vi uma mulher e um homem que pareciam estar desacordados no chão. ( e sim eram corredores, e não mendigos da praça da Sé). Aquilo era um sinal: era óbvio que eu era o próximo a estar estatelado no chão no meio da subida. Mas quando vi uma velhinha japonesa de uns 70 anos correndo mais rápido que eu e me passando, fiquei com raiva e fui em frente, e para minha salvação havia um ponto de água aqui, onde peguei dois copos , tomei o primeiro e joguei o outro na nuca e na cara, como os outros estavam fazendo (aqui voltei a me sentir atleta de novo e ganhei ânimo).
6º Km: terceira pessoa estatelada no chão com dois médicos em cima. E ao lado dela havia uma garota da organização da prova que gritava freneticamente: ?está acabando pessoal, força, vcs já chegaram até aqui? Segui o conselho dela e fui. Já não estava mais sentindo minhas pernas mesmo, vamos embora!!!
Últimos 500 metros: de repente, uma dor absurda aprece na parte em que sempre dói quando correremos e bebemos água sabe? Só que era muito aguda, achei que ia ser o 4º estatelado. Mas resisti, afinal sou o Mestre. E fui, correndo para a faixa de final eeeeeee, consegui!!! Sim, terminei a corrida e não andei em NENHUM momento.
Uhuhu legal legal legal. Ganhei uma medalha, uma camiseta, e um saquinho com comida e gatorade. Me despedi da Tutora, voltei para casa, glorioso, onde meus pais me perguntaram: ?e aí? Conseguiu chegar até qual Km?? mostrei a eles a medalha e todos ficaram contentes. Tomei um banho e dormi.
Segunda Feira: acordo, e minhas pernas se recusam a me obedecer, panturrilha, pé, posterior e lateral da coxa, tudo paralisado, até que os forcei a trabalhar, ao custo de muita dor. Estou escrevendo isso as 20:24 da segunda feira. Ainda dói muito. E não sei se um dia irá sarar...

Apresento-lhes a segunda dor de um Homem. E pode até parecer frio da minha parte. Mas acho que essa é pior hehehehe. A outra logo some, se já não sumiu. Agora vou ligar para a garota da balada. E curar a primeira dor. Para a segunda, um pouco de Gelol está cuidando dela.

Comments:
êh!!! Kadu! Parabéns por ter conseguido terminar a corrida!! Estou muito orgulhosa de vc!!! :)
Espero que as dores passem logo!
Beijinhos
 
Por incrível que pareça, outras coisas me irritaram mais do que sua ausência!!!
E eu até estou feliz, achando que eu saí no lucro, afinal, descobri que não me surpreendo mais com a falta de palavra das pessoas.
 
Galerinha.. pra que essas farpas? Não vale a pena...

Kadu, quanto a primeira dor, só tenho uma coisa a falar... Revolta (tanto o verbo quanto o substantivo).

Quanto a segunda, não deve ter sido tão difícil assim... eu faria melhor hehehe.
 
? Eu entendi errado ? Vc está irritada comigo? ou com a falta de palavra de outra pessoa? Se for a segunda o Diego entendeu errado? What´s going on?
 
Nossa, Kadu, soh falo uma coisa... Admiro muito (ateh invejo) sua forca de vontade.. Eu sempre achei o maximo corrida, mas meu folego dura no maximo (quando eu estou empolgada) uns 50m... Nos bons dias, uns 100... ehehehe
Mas tudo bem, a vida eh assim.. :)
Parabens... E n liga muito pra essa mulherada (dor 1), sao todas complicadas demais...:P
Bjinho
 
Então... acho que os dois entenderam errado. Não são farpas, não fiquei brava...
Na real, eu me surpreendi!!!
Geralmente eu teria me alterado de alguma forma pela volta a Sampa sem maiores explicações e sem despedidas...
Mas surpreendentemente, esse tipo de atitude não me surpreende mais! Posso dizer que ela é quase que esperada...
Esse tipo de situação já se repetiu tantas vezes, com as mais diferentes pessoas, que não me importo mais.
A postura agora é "que pena pra quem não foi"!!! (= ema ema ema)
 
Não são farpas então.... São toras inteiras...ehehehe
 
Eu acho que é uma floresta inteira......
 
Nossa... como tah difícil vcs me entenderem!!!!!
De boa Kadu, vc foi embora sem mais nem menos, tendo deixado claro que iria pra balada!!! Fazer o q???
Eu fui!! Meus amigos foram (mesmo q não todos)!!!! E acredito que todos se divertiram!!!!
Espero que sua corrida tenha sido tão boa quanto a nossa noite!!! Aliás, parabéns por concluir a prova!!!
Vc não foi o único a dar mancada!!! E não me irritei nem com vc, nem com as outras pessoas!!
To sussa!!!
Deu pra entender agora??
E Diego, para de semear a discórdia!!!!!!!! Tah querendo ver o circo pegar fogo??

Relaxem amigos... é o que eu ando fazendo!!!
 
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