domingo, dezembro 24, 2006
Sábado
Era Sábado. Um sábado parecia típico até onde conseguiu perceber.
Estranhamente não conseguia sair da cama. Mais do que o costume, apesar de uma claridade insistente e uma certa barulheira na sua casa. Parecia que ainda estava bêbado, mas não se lembrava se havia bebido, até aí tudo normal, mas porque ainda tudo rodava? Cadê a dor de cabeça? Pensou ainda tonto. Decidiu dormir mais um pouco.
Dormiu. Ou melhor, desmaiou.
Seu irmão lhe acordou, mas ainda continuava tonto, tentou entender o que seu irmão havia dito, mas a tontura e a confusão ainda não lhe permitia. Sua mãe apareceu, falando alto e com voz trêmula, achou estranho, mas conseguiu entender que era pra levantar e trocar de roupa.
Levantou. Ou melhor, ressucitou.
Viu todos num frenesi estranho, procurou um relógio, devia ser tarde pelo luminosidade que ainda insistia em fastigar sua visão, não conseguir achar nenhum. Todos estavam de preto.
Minha mãe parecia ter chorado a noite inteira, e finalmente conseguir entender que deveriam se arrumar pra um enterro. ele odiava enterros por duas razões: hiprocrisia das pessoas ao falar do falecido e a tristeza dos parentes que lhe embrulhava o estômago.
Perguntou a mãe de quem era o enterro, mas ela não disse.. estranho, devia estar toto ainda pensou, mas a mãe voltou a chorar... Quis voltar pra cama, não conseguia andar direito.
O pai muito sério lhe escolheu o terno, pois não tinha nenhum, afinal não gostava de formalidades, mas o pai lhe perguntou se o remédio tinha causado efeito, não entendeu muito bem, afinal não estava doente. Relevou, afinal ainda estava tonto.
Foram ao cemitério, num silêncio abissal , imterrompido apenas pelo soluço do choro da mãe.
Chegando lá não entendeu porque todos lhe comprimentava e diziam palavras de consôlo pra ele, e diziam a respeito de uma tal de Larissa, não sabia ou não lembrava de quem era.
Ao chegar a hora de descer o caixão, abriram a tampa. O choro dos familiares a volta e das pessoas o deixou triste, mas ao ver o rosto da tal Larissa recebeu um soco. Era uma menina linda, apesar das circunstâncias. Seu lábios era muito bem delineados, e uma pele incrivelmente branca e lisa e seus longos cabelos ruivos insistiam em lhe cobrir o lado da face.
Retirou os óculos pra ver melhor e subitamente começou a chorar.Não sabia o porque mas estava chorando. PErcebeu que rera alguém muito próximo e que gostava muito, mas não sabia quem era. Amava aquela imagem agora mórbida, mais do que se lembrava. O pai lhe disse que ainda bem que lhe deram calmantes, pois ele sofriria mais pela namorada.
Namorada? Não podia ser.
Não lembrava? Não podia ser.
Que remédio era aquele.
Entrou em desespero, pois se era a sua namorada estava sendo enterrada como ele não sabia? E pior não se lembrava, o desespero aumentou.Perguntava coisas quaos outros lhe pareciam absurdas que os faziam chorar mais. Começou a chorar.
Chorqar como seu cada gota de líquido deveria sair do seu corpo, mas não saia.
Estava preso, preso no seu corpo e no seu esquecimento desse alguém que amava, mas não sabia quem era. Apenas amava e muito aquele monte de lembranças que deveria e iamginava ter...
Fecharam o caixão.
Desmaiou. Ou melhor, voltou pra aonde imaginou que não deveria ter saido.
Acordou, vendo os coveiros fechando a lápide suntuosa da família. Via a pena das pessoas vendo a imagem dele sofrendo e desesperado, por alguém que deveria ser tão especial. E era especial.
Os pais exgeraram na dose de calmantes. A menina estava doente completava uma semana, foi súbito, fatal e triste. Não haveria suportado.
Foi pra casa, arrastado, desmaiando pelos remédios e pela comoção, prisioneiro da tristeza e do esquecimento.
Ainda era sábado.
Estranhamente não conseguia sair da cama. Mais do que o costume, apesar de uma claridade insistente e uma certa barulheira na sua casa. Parecia que ainda estava bêbado, mas não se lembrava se havia bebido, até aí tudo normal, mas porque ainda tudo rodava? Cadê a dor de cabeça? Pensou ainda tonto. Decidiu dormir mais um pouco.
Dormiu. Ou melhor, desmaiou.
Seu irmão lhe acordou, mas ainda continuava tonto, tentou entender o que seu irmão havia dito, mas a tontura e a confusão ainda não lhe permitia. Sua mãe apareceu, falando alto e com voz trêmula, achou estranho, mas conseguiu entender que era pra levantar e trocar de roupa.
Levantou. Ou melhor, ressucitou.
Viu todos num frenesi estranho, procurou um relógio, devia ser tarde pelo luminosidade que ainda insistia em fastigar sua visão, não conseguir achar nenhum. Todos estavam de preto.
Minha mãe parecia ter chorado a noite inteira, e finalmente conseguir entender que deveriam se arrumar pra um enterro. ele odiava enterros por duas razões: hiprocrisia das pessoas ao falar do falecido e a tristeza dos parentes que lhe embrulhava o estômago.
Perguntou a mãe de quem era o enterro, mas ela não disse.. estranho, devia estar toto ainda pensou, mas a mãe voltou a chorar... Quis voltar pra cama, não conseguia andar direito.
O pai muito sério lhe escolheu o terno, pois não tinha nenhum, afinal não gostava de formalidades, mas o pai lhe perguntou se o remédio tinha causado efeito, não entendeu muito bem, afinal não estava doente. Relevou, afinal ainda estava tonto.
Foram ao cemitério, num silêncio abissal , imterrompido apenas pelo soluço do choro da mãe.
Chegando lá não entendeu porque todos lhe comprimentava e diziam palavras de consôlo pra ele, e diziam a respeito de uma tal de Larissa, não sabia ou não lembrava de quem era.
Ao chegar a hora de descer o caixão, abriram a tampa. O choro dos familiares a volta e das pessoas o deixou triste, mas ao ver o rosto da tal Larissa recebeu um soco. Era uma menina linda, apesar das circunstâncias. Seu lábios era muito bem delineados, e uma pele incrivelmente branca e lisa e seus longos cabelos ruivos insistiam em lhe cobrir o lado da face.
Retirou os óculos pra ver melhor e subitamente começou a chorar.Não sabia o porque mas estava chorando. PErcebeu que rera alguém muito próximo e que gostava muito, mas não sabia quem era. Amava aquela imagem agora mórbida, mais do que se lembrava. O pai lhe disse que ainda bem que lhe deram calmantes, pois ele sofriria mais pela namorada.
Namorada? Não podia ser.
Não lembrava? Não podia ser.
Que remédio era aquele.
Entrou em desespero, pois se era a sua namorada estava sendo enterrada como ele não sabia? E pior não se lembrava, o desespero aumentou.Perguntava coisas quaos outros lhe pareciam absurdas que os faziam chorar mais. Começou a chorar.
Chorqar como seu cada gota de líquido deveria sair do seu corpo, mas não saia.
Estava preso, preso no seu corpo e no seu esquecimento desse alguém que amava, mas não sabia quem era. Apenas amava e muito aquele monte de lembranças que deveria e iamginava ter...
Fecharam o caixão.
Desmaiou. Ou melhor, voltou pra aonde imaginou que não deveria ter saido.
Acordou, vendo os coveiros fechando a lápide suntuosa da família. Via a pena das pessoas vendo a imagem dele sofrendo e desesperado, por alguém que deveria ser tão especial. E era especial.
Os pais exgeraram na dose de calmantes. A menina estava doente completava uma semana, foi súbito, fatal e triste. Não haveria suportado.
Foi pra casa, arrastado, desmaiando pelos remédios e pela comoção, prisioneiro da tristeza e do esquecimento.
Ainda era sábado.